segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

EB1 de Penafiel nº 3

A ave era invulgar. Tinha uma plumagem de um colorido bastante garrido, bico curvo e dourado, com garras muito afiadas: “um pássaro majestoso”.
Os três amigos é que não ficaram contentes com a sua atitude e resolveram persegui-lo.
Não demorou muito e já estavam no seu alcance.
Com a atrapalhação deixou cair a garrafa numa ilha, onde se viam crianças descalças, com ar esfomeado, rotos e desorientados pelas ruas cheias de buracos e lixo.
Naquele momento houve um sorriso em alguns rostos que correram para o objecto caído do céu.
Um menino pegou na garrafa e, admirado, leu a mensagem em voz alta: “Olá, chamo-me André e queria ser teu amigo.”

Sentiram uma grande alegria ao ver que havia a possibilidade de comunicar com outros meninos para pedirem ajuda. Lembraram-se, então, de escrever uma nova mensagem na garrafa, pedindo auxílio, para as crianças do Haiti terem, de novo, direito a um lar, pão, água e Amor, para que o desespero e a miséria terminassem.
Esta notícia correu toda a ilha. Os habitantes ficaram muito felizes e esperançosos que os seus desejos se concretizassem, rapidament
e.
Decidiram, então, enviar o pedido de auxílio através de várias garrafas, para os quatro cantos do Mundo.
Assim, seguiram várias mensagens…

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

EB1 de Igreja - Guilhufe

Como o Silêncio queria silenciar a mensagem da garrafa, o Crocodilo tenta comunicar com Maya e Rage para pedir ajuda. Primeiro, pensou:
- Hum… Se nadar até lá, demora muito tempo… Já sei! Vou experimentar fazer sinais de fumo.
E assim foi. O Crocodilo foi buscar lenha, pedras e um pano.
Maya avistou o fumo e foi chamar a tribo. O mais velho, que sabe descodificar os sinais de fumo, traduziu:
- «Maya, Maya, é o Crocodilo. Não consigo levar a garrafa. Ela foi roubada pelo Silêncio!!!»
Maya disse ao Elefante Rage, elevando a voz para esta chegar às orelhas lá no alto:
- E agora, o que vamos fazer?!
- Já sei! Vamos pedir ao feiticeiro da tribo que faça um feitiço! – disse Rage.
E lá foram… contaram o sonho do André ao feiticeiro e este concordou em ajudá-los. Disse as palavras mágicas:
- Abrakadabra, pé de cabra! Traz o meu dragão Nicho Petisco!
Apareceu um dragão musculado e sorridente, que rugiu:
- Dragão Nicho Petisco ao vosso dispor! Para onde é a viagem de hoje?!
O feiticeiro cumprimentou o dragão e ordenou:
- Quero que leves os meus amigos Maya e Rage para a Terra do Nada. Vai ser uma grande viagem!
Maya e Rage subiram para as costas do Dragão Nicho Petisco, com cuidado para não se picarem nos seus espinhos. Maya não foi o problema, mas quando o elefante Rage subiu, o Dragão soltou um rugido de queixume pelo excesso de peso. Porém, como era forte, lá conseguiu aguentar e levantar voo. Então, voaram em direcção ao Lugar do Nada.
Ao aterrarem no Lugar do Nada apareceu, de imediato, o Silêncio. Este, ao ver a beleza de Maya, ficou enfeitiçado.
- Olá, sejam bem-vindos ao Lugar do Nada! A que se deve a vossa visita? – perguntou o Silêncio.
- Tivemos que fazer uma aterragem de EMERGÊNCIA!!! Estava uma grande tempestade lá em cima! – explicou, aflito, Rage.
- Não querem passar a noite na minha casa? – quis saber o Silêncio.
Já a pensar em enganar o Silêncio, decidiram:
- Hmmm… estamos muito cansados e não temos para onde ir… está bem, vamos contigo.
Dirigiram-se à casa do Silêncio, sempre com esperança de ver a garrafa e o seu bom amigo Crocodilo.
Chegados à casa, foram jantar. Enquanto o Silêncio estava distraído com a beleza de Maya, o Dragão aproveitou para dar uma volta pela casa, com a desculpa que precisava de ir apanhar ar, pois estava com uma terrível dor de cabeça por causa da tempestade.
Reparou numa porta entreaberta de onde saíam luzes fracas e de várias cores. Abriu a porta e viu que a divisão era um laboratório cheio de tubos de ensaio, e outros que tal, cheios de líquidos de todas as cores. Muitos brilhavam e era por isso que a divisão estava iluminada.
Ouviu um sussurro e quase que deu um pulo, pensando que fosse o Silêncio:
- Quem és tu?
O Nicho Petisco reparou que, escondido a um canto, estava um crocodilo de olhar assustado com uma garrafa esverdeada na boca. Aliviado, mas surpreendido, o Dragão respondeu com um ronronar, para o acalmar:
- Sou amigo da Maya e do Rage, só te queremos ajudar. Quando a lua estiver lá bem no alto, vimos-te buscar.
O Dragão voltou para a beira dos amigos e do Silêncio para acabar de jantar. Antes de irem dormir, combinaram encontrar-se na Sala dos Tubinhos, como lhe chamava Nicho Petisco, quando a lua estivesse no alto.
Assim fizeram e, pouco tempo depois, todos saltaram para cima do Dragão Nicho Petisco, que se queixava bem baixinho do grande peso que tinha em cima. Voaram rapidamente dali para África, onde iriam entregar a mensagem.
Quando amanheceu, aterraram numa praia para descansar. O Crocodilo pousou a garrafa na areia porque lhe doía a mandíbula. Uma ave traquina, que tinha uma paixão por objectos brilhantes, não resistiu à garrafa que reflectia a luz do Sol e roubou-a.