quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

EB1 com JI de Covilhô - Novelas

Mafalda estava novamente sozinha e sentia-se triste e abandonada. Sozinha, sozinha não, porque ao seu lado escorregava a brulesma que já tinha sido uma bruxa malvada.
De repente, lembrou-se do seu presente: umas asas novinhas em folha – que é como quem diz – novinhas em pétalas, limpou as lágrimas – que é como quem diz, o orvalho – e partiu à procura de novas aventuras. Bateu as asas para as experimentar, quando se apercebeu que as asas eram de última geração; super potentes, super leves, super rápidas, super, super, super… bateu-as com tal intensidade que desapareceu no ar.
Cansada de tanto voar, Mafalda aproveitou uma brisa suave para planar. Enquanto planava, observa o que se passava na terra. Viu o pássaro vermelho muito refastelado no seu novo ninho a gozar a reforma bem merecida. Viu a formiga toda vaidosa com as suas botas novinhas, muito apressada, a guardar alimentos para o Inverno. Cruzou-se, nos altos céus, com a nuvem branca, do
ce e fofa que atarefada se preparava para a época das chuvas…
Espantada, a flor viu uma terra muito estranha. Resolveu começar a perder altitude para espreitar o que se passava. Ficou muito admirada quando os sinaleiros, em vez de regularem o trânsito, levantavam a mão para dizerem adeus a quem passava. Mas estranho, estranho era ver as casas a circularem nos passeios e o fumo das cozinhas a sair das antenas dos carros que tinham a forma de elefantes… Mafalda pensou que estava a sonhar e esfregou os olhos para ter a certeza que estava acordada e…pum… catrapum... pum… perdeu o equilíbrio e aterrou no meio daquela estranhíssima cidade.

Ouviu-se o chiar dos travões a fundo de uma casa de onde saiu, pelo telhado, um condutor muito zangado com aquela estranhíssima criatura que o tinha feito gastar quase metade dos calços dos travões.
_ Quem és tu? O que fazes no meio do passeio? Donde vieste? És mesmo bué estranha….
_ Eeeu sesssou a Mamamafalda e e e já nnão me lembro de ononde venho. E E E quem és tu? – Perguntou a Mafalda assustadíssima.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

EB1 de Vila Verde - Marecos

Aproximaram-se, cada vez mais, e viram uma casa muito engraçada. Tinha muitas luzes e um enorme pinheiro enfeitado com presentes.
O pássaro vermelho bateu à porta.
- Truz…truz…truz…
- Quem é? – perguntou uma voz rouca e dócil.
- Sou eu, o pássaro vermelho. Venho ajudar a embrulhar os presentes.
O dono da casa abriu a porta. Era um velhinho, muito gorduchinho e baixinho, de longas barbas branquinhas, vestido de vermelhinho.
- Mas que figura mais estranha… nunca tal tinha visto! – sussurrou a flor ao pássaro.
E, como era curiosa, perguntou muito atrevida.
- Quem és tu?
- Eu sou o S. Nicolau.
- Quemmmm?... – insistiu a flor.
- O Pai Natal!... Aquele velhinho que distribui os presentes a todas as crianças do mundo. – explicou-lhe o pássaro.
- Entrem…entrem…
Ficaram boquiabertos com os milhares de presentes que viram. Lá dentro estavam, muito atarefadas, umas criaturas estranhas. Eram os gnomos que ajudavam o Pai Natal a embrulhar os presentes. Havia, também, vários envelopes espalhados por toda a casa. Eram as cartas que os meninos tinham enviado ao Pai Natal.
- Ainda bem que vieram! Estava mesmo a precisar de ajuda. Está a aproximar-se a hora de partir e ainda falta embrulhar muitos presentes! – exclamou o Pai Natal.
Com tanta gente a trabalhar, tudo ficou pronto num ápice. Até a bruxa má colaborou, embora sempre a rezingar.
- Só prendas… tanto trabalho… odeio crianças… odeio festas…
Como por magia, à hora exacta, as renas partiram carregadas de presentes, acompanhadas pelo Pai Natal que, já longe, gritou:
- Obrigado meus amigos. Atrás do espelho mágico há prendas para todos!
Foram logo, muito apressados, procurar os seus presentes.
A formiga gigante encontrou três pares de sapatos para proteger as suas seis patinhas da neve e, assim, poder regressar a casa. Será que conseguiu?
O pássaro vermelho, como estava a ficar velhote e cansado, teve um ninho para descansar.
A nuvem recebeu um regador de água para poder regressar a casa e transportar as flores de regresso aos seus canteiros. Claro que, o presente das flores foi o bilhete de volta, a casa, com a nuvem. Despediram-se, assim, da sua amiga Mafalda.
A Mafalda foi presenteada com umas novas asas para continuar a sua aventura e a bruxa teve uma vassoura carregada de combustível.
Esta, antes de partir, quis transformar a Mafalda em lesma. Muito esperta, a flor escondeu-se atrás do espelho mágico, no preciso momento em que a bruxa lhe lançou o feitiço. O espelho mágico reflectiu o feitiço na bruxa que se transformou em lesma.
Virou-se, assim, o feitiço contra a feiticeira.
Mafalda estava novamente sozinha…