Seguia a Caravana pelas areias escaldantes do Deserto da Arábia, quando uma rajada de vento formou um redemoinho à volta da Luana e dos seus amigos. Em breve uma forte tempestade de areia impediu a viagem e foram obrigados a voltar para trás.
Foi graças ao desembaraço do guia da caravana, um rapazito de olhos grandes e pele dourada, que se refugiaram numa gruta, perto de uma pirâmide.
Exaustos, adormeceram na escuridão da gruta. No dia seguinte, um raio de sol inundou a pequena caverna.
Luana procurou a garrafa, rebuscou na areia, nos buraquinhos todos e… nada! Tinha desaparecido. Alarmada chamou o guia, este não respondeu…, como por magia tinha-se esfumado no calor do deserto. No fundo da gruta encontraram o fóssil de um escorpião. Exaustos, adormeceram na escuridão da gruta. No dia seguinte, um raio de sol inundou a pequena caverna.
Cuidadosamente entraram e outro forte estrondo fechou de imediato a porta de pedra.
À sua frente surgiram seis escorpiões. Eram os guardiões do Escorpião Vermelho. Acorrentaram-nos e levaram-nos para uma jaula.
Rufaram os tambores e belas jovens apareceram com ofertas que depositaram aos pés do escorpião.
Os sacerdotes acendiam os archotes, preparavam a mesa do sacrifício. Era preciso sangue humano para alimentar o Escorpião Vermelho. Os olhos escarlate faiscavam, a boca sedenta e com as pinças afiadas, preparava-se para devorar os humanos da jaula!
Eis que surge no templo um sacerdote vestido de branco com um belo turbante onde se destacava um grande rubi vermelho. Nas mãos segurava uma humilde garrafa pintada. Com espanto reconheceram o guia que os tinha abandonado! Julgaram-se traídos e sem salvação!
O sacerdote ajoelhou-se e dirigiu-se ao Escorpião numa língua própria.
Seguiu-se uma discussão entre os dois e finalmente o Escorpião Vermelho aceitou a garrafa.
De seguida o sacerdote-guia dirigiu-se à jaula, libertou os amigos e rapidamente se escapuliram por entre um labirinto...